Petróleo firma queda e caminha para quinta semana seguida de perdas

Cotações oscilaram mais cedo após declaração de ministro da Rússia sobre novo corte de produção, mas agora mercado espera para ver, aponta banco

O petróleo oscilou mais cedo nesta sexta-feira e se firmou em território negativo, direcionando-se para fechar em queda pela quinta semana consecutiva diante dos impactos do surto de coronavírus sobre a demanda, já que a China é o maior importador da commodity no mundo. Os dados fracos de produção industrial nos principais países da Europa tampouco ajudaram a segurar a alta vista mais cedo.

Por volta de 9h30, os preços dos contratos para abril do Brent, a referência global, caíam 0,55%, a US$ 54,63 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os contratos para março do WTI recuavam 0,69%, a US$ 50,60 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

Na semana, o Brent registra perda de 3% e o WTI cai quase 2%. No ano, até o momento, os preços do Brent e do WTI registram queda de 16%.

Mais cedo, os preços da commodity chegaram a operar em alta depois de o ministro de Relações Exteriores da Rússia ter feito uma breve declaração durante visita ao México afirmando que apoia a “ideia” de um aprofundamento no corte de produção.

No entanto, após a reunião técnica da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia (Opep+), realizada no meio da semana, relatos apontaram que os representantes da Rússia e da Arábia Saudita não chegaram a um consenso sobre o tamanho do corte. A Arábia Saudita defendeu uma redução de mais 600 mil barris diários, enquanto a Rússia sinalizou que prefere estudar melhor a proposta.

O mercado está no modo “esperar para ver”, com a eventual decisão da Opep+, principalmente da Rússia, afirma o banco de investimento norueguês DNB Markets. A reunião técnica de três dias do cartel nesta semana não conseguiu estabelecer uma data para uma reunião ministerial de emergência, e a Rússia, líder do grupo de aliados, ainda está considerando sua posição, acrescentou.

Fonte: Valor Econômico

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